sexta-feira, 5 de junho de 2015

Nossa Filha tem visão subnormal

  Ser pais de um filho (a) com baixa visão, não é simplesmente ter um filho (a) com deficiência, é ser inteligente e forte o suficiente para conseguir entender, superar e principalmente compreender seus limites e restrições, mas sem deixar que seus limites e restrições a tornem uma criança complexada ou que utilize esta sua deficiência, como forma de desculpas para deixar de fazer o que todas as outras crianças de sua idade fazem, seja na diversão, entretenimento ou estudo. É conseguir inserir na Sociedade, uma criança que mesmo com sua deficiência, não se sinta diminuída perante aos seus amigos (as).

  Sabemos também que muitos não entendem sua baixa visão, aliás, como os próprios médicos e entendedores do assunto falam:

  “Uma pessoa de baixa visão é mais discriminada do que uma pessoa sem visão (cega) porque nem todos conseguem realmente ver que esta pessoa tem baixa visão, primeiramente você não percebe nenhuma diferença, mas basta ficar 10 minutos ao seu lado, para perceber que esta criança tem algum problema de visão. Já uma pessoa cega, fica estampada sua deficiência e em muitos casos elas conseguem maior respeito perante a Sociedade”.

  Somos pais da aluna do 7º Ano, Maria Eduarda, que nasceu de 6,5 meses pesando 1.100kg e 38cm. Durante 42 dias permaneceu numa incubadora na UTI – Neo Natal, o que ocasionou a Retinopatia da Prematuridade, descolando parcialmente as retinas dos seus olhos, deixando-a com baixa visão.

  Define-se baixa visão ou visão subnormal, quando a capacidade de visão do melhor olho não ultrapassa 30% em relação ao que se considera visão normal, mesmo com tratamento pertinente ou uso de óculos. Cada pessoa com baixa visão enxerga de forma diferenciada. 

  Muitas pessoas não sabem que o deficiente com baixa visão, é amparado pela Lei Decreto nº 7.853, de 24/10/1989 em que assegura o seu pleno exercício dos direitos individuais e sociais.

  Em Maio/2014, foi inaugurada em São Paulo, a 1ª Delegacia para Deficientes no Brasil, uma grande vitória para todos.

  O apoio da família está sendo fundamental no desenvolvimento da Maria Eduarda, para que ela consiga realizar suas atividades diárias com maior facilidade, mesmo com suas limitações e restrições. Nossa filha é muito bem resolvida com sua deficiência e não deixa que isto interfira na sua vida pessoal, o que lhe trará no futuro, bons frutos. 

  A Maria Eduarda tem todo o apoio dos Professores do HEMA que a incluem socialmente na sala de aula. O HEMA teve uma grande participação na Integração da Maria Eduarda com a Escola de Educação Especial “José de Alvares Azevedo”, onde ela consegue fazer todas as ampliações do material didático anual, facilitando assim, seu estudo.

  Além da escola HEMA, a Maria Eduarda dança ballet, estuda inglês, tem aulas de violão, pilates e matemática complementar... Está bom? Não, ela ainda quer mais. 

  Nós como pais, acreditamos que Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados, e é por isso que lutamos todos os dias para que a Maria Eduarda e os demais portadores de deficiência, devam ser tratados com Dignidade e Respeito.

  Temos muito Orgulho da nossa filha Maria Eduarda!!!!!!

Alessandro e Rita, pais da Maria Eduarda Garcia – 7º Ano

8 comentários:

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  2. Me coloco na lista dos que tem muito orgulho da Maria Eduarda e fico feliz de contribuir com sua caminhada. Ela é uma menina curiosa e participativa o que contribui muito para sua formação em ciências.
    Que bom ler o relato de vocês. Esse é um espaço para que possamos dialogar sobre a educação de nossos alunos e expor nossas angustias, afinal a família é um elo fundamental para consolidação do aprendizado.
    prof Cris

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    1. Prof Cris vc também é muito especial pra mim e adoro suas aulas e também as aulas de todos os profs

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  3. A aluna Maria Eduarda nos traz, ainda, grandes desafios. Sua baixa visão a nada impede de ser bem humorada, alegre e disposta nas atividades!! Nas aulas pergunta e questiona e nunca para até achar a resposta correta. Tenho nela um carinho especial e que nesses anos como professora dela a considero vitoriosa por passar os obstáculos que a vida a colocou. Parabéns aos pais pela dedicação e cuidados, é aí que vemos a diferença da família participativa e engajada na educação dos seus filhos! Fica meu agradecimento pela contribuição de seu relato no nosso projeto, que mais uma vez mostra que a família está sim conosco na vida escolar dos nossos alunos. Abraços. Prof. Veri.

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  4. A aluna Maria Eduarda nos traz, ainda, grandes desafios. Sua baixa visão a nada impede de ser bem humorada, alegre e disposta nas atividades!! Nas aulas pergunta e questiona e nunca para até achar a resposta correta. Tenho nela um carinho especial e que nesses anos como professora dela a considero vitoriosa por passar os obstáculos que a vida a colocou. Parabéns aos pais pela dedicação e cuidados, é aí que vemos a diferença da família participativa e engajada na educação dos seus filhos! Fica meu agradecimento pela contribuição de seu relato no nosso projeto, que mais uma vez mostra que a família está sim conosco na vida escolar dos nossos alunos. Abraços. Prof. Veri.

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  5. Rita com toda a certeza ter um filho é desafiador faz parte do nosso desenvolvimento, porém quando ele chega até nós com algo até então desconhecido é que percebemos o quanto ele se torna ainda mais complexo. Quando optamos por sermos mães trazemos conosco a idealização do filho ideal, aquele de propaganda de margarina, mas como nada vem como uma receitinha pronta temos os desafio de conhecermos parte por parte aos poucos.
    Eu graças a Deus tive o privilégio de não ter a minha filha em uma UTI mas convive muito com as dores dessas mães dentro do hospital universitário quando fiz um estágio de pedagogia hospitalar, ali convivi o tempo todo com o medo, com a perda com a dor dos outros o que me fez refletir e muito sobre o porque daquilo ter que acontecer com aquelas mulheres. Digo mulheres pq muitas delas lutavam sozinhas. Isso fez com que eu optasse pela a educação especial, ir atrás da escola de Cegos e fazer um trabalho voluntário com eles...Posso te dizer que foi umas das melhores experiências da minha vida.
    Tens toda razão quando falas que o baixa visão é muito menos aceita do que cegueira, pois o pessoal desconfia o tempo todo se realmente a pessoa enxerga pouco mesmo. Tivemos os privilégio de irmos até a Escola José Alvares de Azevedo e conhecermos a visão de uma pessoal que tem o mesmo problema da Duda, posso te dizer que eu em particular admiro todos os desafios que ela passa até porque não é nada fácil enxergar o mundo do jeito que ela vê. Obrigada por relatar em nosso Blog essa história de luta e conquistas no decorrer da vida de vocês! Abç Aline.

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  6. Profª Aline a escola Hema está sendo fundamental para o desenvolvimento da Maria....onrigada

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