O HOMEM QUE CALCULAVA
“A matemática
deve ser útil; não nos esqueçamos, porém, de que essa ciência é, acima de tudo,
uma mensagem de sabedoria e beleza.”
H. Van Praag
Estou lendo um livro muito interessante
proposto por meus pais e gostaria de aproveitar a oportunidade deste trabalho
no Blog do Hema para compartilhar com todos aqueles que visitam nossa página.
Assim que descobri que o trabalho do blog seria de matemática, não consegui
pensar em outra coisa mais interessante que o livro “O homem que calculava” de
Malba Tahan. Ele conta a história de Beremiz Samir, um homem que, desde muito
moço já trabalhava como pastor de um grande rebanho e que, com receio de perder
alguma ovelha e ser castigado por seu patrão, começou a contá-las várias vezes
por dia. Assim pouco a pouco, ele foi adquirindo uma habilidade fantástica em
contar coisas, e passou a contar e calcular tudo o que via. Contava as aves no
céu enquento voavam em bando, formigas em formigueiros e todas as abelhas de um
enxame. Passou a contar grandes plantações de tâmaras, uma a uma , cacho a
cacho.
Em uma viagem à cidade de Bagdá, Beremiz
se encontra com Hank Tade-Maiá, outro viajante que segue para o mesmo destino.
Decidem ir juntos e dividindo o mesmo camelo, vivenciam algumas experiências
bastante interessantes.
A seguir, publicarei algumas dessas
experiências e, desafio você a solucionar os problemas que Beremiz solucionou utilizando
apenas a matemática. Se quiser saber como ele solucionou estes e outros
problemas, terá que ler o livro. Você não vai se arrepender!
Primeiro
Caso - O Problema
dos 35 Camelos
Encontramos
perto de um antigo caravançará1 meio abandonado, três homens que
discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e
impropérios gritavam possessos, furiosos:
- Não pode
ser!
- Isto é um
roubo!
- Não aceito!
O inteligente
Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
- Somos
irmãos – esclareceu o mais velho – e recebemos como herança esses 35 camelos.
Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed
Namir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona
parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e, a cada
partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e
meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35 também não são
exatas?
Segundo
Caso – O Problema do Joalheiro
- Qual é, afinal, a
origem da dúvida? – perguntou Beremiz.
- Esse homem (e apontou
para o joalheiro) veio da Síria vender jóias em Bagdá; prometeu-me que pagaria,
pela hospedagem, 20 dinares se vendesse as jóias por 100 dinares, pagando 35 se
as vendesse por 200. Ao cabo de vários dias, tendo andado daqui para ali,
acabou vendendo tudo por 140 dinares. Quanto deve pagar, consoante a nossa
combinação pela hospedagem?
- Devo pagar apenas vinte
e quatro dinares e meio! – replicou logo o mercador sírio. – Se para a venda de
200 eu pagaria 35, para a venda de 140 eu devo pagar 24 e meio!
- Está errado! –
contrariou irritado o velho Salim. – Pelas minhas contas são 28. – Veja bem: Se
para 100 eu deveria receber 20, para 140, da venda, devo receber 28. E vou
provar.
E o velho Salim
raciocinou do seguinte modo:
- Se para 100 eu deveria
receber 20, para 10 (que é a décima parte de 100), eu deveria receber a décima
parte de 20. Qual é a décima parte de 20? A décima parte de 20 é 2.
Logo, para 10, eu deveria
receber 2. 140 quantos 10 contém? 140 contêm 14 vezes 10.
- Logo, para 140, eu devo
receber 14 vezes 2, que é igual a 28, como já disse.
E o velho Salim, depois
de todos aqueles cálculos, bradou enérgico:
- Devo receber 28. É esta
a conta certa!
- Calma, meus amigos –
interrompeu o calculista – É preciso encarar as dúvidas com serenidade e
mansidão. A precipitação conduz ao erro e à discórdia. Os resultados que os
senhores indicam estão errados, conforme vou provar.
Terceiro Caso
– O Problema dos Quatro Quatros
Ao ver Beremiz
interessado em adquirir o turbante azul, objetei:
- Julgo loucura comprar
esse luxo. Estamos com pouco dinheiro e ainda não pagamos a hospedaria.
- Não é o turbante que me
interessa – retorquiu Beremiz. – Repare que a tenda desse mercador é intitulada
“Os Quatro Quatros”. Há nisso tudo espantosa coincidência digna de atenção.
- Coincidência? Por quê?
- Ora bagdali – retorquiu
Beremiz -, a legenda que figura nesse quadro recorda uma das maravilhas do
Cálculo: podemos formar um número qualquer empregando quatro quatros!
E antes que eu o
interrogasse sobre aquele enigma, Beremiz explicou, riscando na areia fina que
cobria o chão:
- Quer formar o zero?
Nada mais simples. Basta escrever:
44 − 44
- Estão aí quatro quatros
formando uma expressão que é igual a zero. Passemos ao número 1. Eis a forma
mais cômoda:
44
44
Agora, que tal VOCÊ tentar formar os demais algarismos até o 10 apenas usando expressões matemáticas
e os quatro quatros (4, 4, 4, 4)?
Quarto Caso –
O Problema dos 21 Vasos
Disse o cheique apontando
para os três muçulmanos:

7 cheios
7 meio cheios
7 vazios.
Querem agora dividir os
21 vasos de modo que cada um deles receba o mesmo número de vasos e a mesma
porção de vinho. Repartir os vasos é fácil. Cada um dos sócios deve ficar com
sete vasos. A dificuldade a meu ver, está em repartir o vinho sem abrir os
vasos, isto é, conservando-os exatamente como estão. Será possível, ó
calculista, obter uma solução para este problema?
Deixarei apenas esses quatro casos para você tentar solucionar. O livro
O HOMEM QUE CALCULAVA traz muitas outras aventuras matemáticas de Beremiz e seu
amigo Hank, vale muito a pena conferir (mas é só pra quem curti pensar, tá!).
“Deus é o grande geômetra. Deus geometriza sem cessar.” Platão.
Assista a este vídeo sobre o homem que calculava
Camille Martins Pessanha – 7º ano
Texto sem referências bibliográficas.
Texto sem referências bibliográficas.
Parabéns pelo trabalho publicado. Para aqueles que amam a matemática esse livro é 10.
ResponderExcluirParabéns Camille, seu trabalho ficou jóia!!
ResponderExcluirComo o tema era matemática, esse livro que resolveu falar sobre foi otimo!
Hummmm, adorei!!!!!
ResponderExcluirParabéns sobrinha linda!
Vou procurar esse livro na Bienal do livro.
Parabéns Camille pelo belo trabalho
ResponderExcluirParabéns Camille pelo belo trabalho
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei Camille! Não conhecia o livro é estou super curiosa. Parabéns pelo trabalho, você está uma mocinha muito esperta!
ResponderExcluirVou mostrar pro Samuel e a Sofia e tenho certeza que eles também vão gostar.
Muito boa postagem. Realmente o livro é muito bom!
ResponderExcluirCamille !
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho. Você é uma menina inteligente, tenho certeza que com o tempo, todos os outros desafios também serão vencidos.
Camille !
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho. Você é uma menina inteligente, tenho certeza que com o tempo, todos os outros desafios também serão vencidos.
Camille !
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho. Você é uma menina inteligente, tenho certeza que com o tempo, todos os outros desafios também serão vencidos.
Parabéns Camille! Excelente trabalho.
ResponderExcluirParabéns Camille! Excelente trabalho.
ResponderExcluirParabéns Camille! Excelente trabalho.
ResponderExcluirParabéns princesa!
ResponderExcluirQue continue estudiosa dando orgulho para família
beijo do tio
Excelente trabalho.
ResponderExcluirA relação do tema com o livro foi realmente muito boa.
Como um estudante da ciências exatas, sem dúvidas irei ler o livro.
Camille minha linda, parabéns pelo seu trabalho, como sempre espetacular, estou orgulhosa, continue assim essa aluna dedicada, pois você vai longe, todos estão sentindo muito sua falta. Beijos
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