sexta-feira, 4 de setembro de 2015

EDUCAR PELO AMOR

Meu nome é Cristhiane Teixeira Antelo, sou mãe do Artur Antelo de 13 anos, do 7º ano. Sou professora especializada em Arteterapia e Orientação Educacional e leciono na rede estadual de ensino. Tanto como mãe quanto como professora eu considero a educação ferramenta fundamental para a formação de um ser humano. A escola tem o poder de dar asas, ampliar o olhar, abrir caminhos, proporcionar socialização e preparar para a vida.

Mas precisamos lembrar que a educação enquanto alicerce de um ser humano inicia em casa, quando os pais definem os limites, impulsionam a criança para viver os valores morais dando exemplos, esclarecendo sobre as dificuldades do mundo, preparando os filhos para que se tornem independentes, mostrando a importância de ver o outro com igualdade e solidariedade. À escola cabe assegurar que esses valores já implantados pelos pais sejam trabalhados através de projetos e vivenciados na socialização entre os alunos.

Dessa forma, tanto os pais quanto a escola têm compromisso com a educação desses indivíduos com peculiaridades tão diferentes e ao mesmo tempo com características tão afins. Mas uma coisa é unânime: qualquer que seja a personalidade de uma criança ou adolescente, é preciso que se ensine valores morais. Em um mundo tão competitivo onde pessoas só pensam em tirar vantagem e ser melhor que o outro, ter sucesso na carreira e ganhar cada vez mais, nossos filhos e alunos estão crescendo doentes, inseguros e depressivos. Fico impressionada quando converso com mães de crianças e alunos adolescentes e ouço tantos relatos de uso de medicação controlada. E isso tudo é fruto da sociedade conturbada em que vivemos. Cada vez trabalhamos mais para adquirirmos bens e na falsa ilusão de que estamos proporcionando o melhor para nossos filhos. Na maioria das vezes tentamos suprir nossa presença com presentes e games descartáveis, que no mês seguinte não têm mais nenhum sentido para eles, quando na verdade o que eles precisam é da nossa presença, da nossa atenção, do nosso olhar atento, do nosso carinho e o mais importante: do nosso exemplo. Precisamos refletir e analisar: qual sociedade queremos formar? Pessoas individualistas, que trabalham dia e noite para construir torres e prédios vazios, ou seres humanos sensíveis, que trabalharão para nutrir a esperança, plantar a solidariedade, cultivar o respeito ao próximo, para que juntos todos nós possamos colher um mundo justo e repleto de corações cheios de amor?

Cristhiane Antelo - mãe do Artur Antelo - 7º ano

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